Sífilis: Causas, Sintomas, Diagnóstico e Tratamento

A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Treponema pallidum.

Ela é conhecida há séculos e, apesar dos avanços da medicina, continua sendo uma preocupação mundial devido à sua capacidade de persistir de maneira silenciosa e causar complicações graves se não for tratada.

Neste artigo, exploramos as causas, sintomas, formas de diagnóstico e tratamento da sífilis, além de medidas de prevenção importantes para controlar a disseminação dessa infecção.

O Que é Sífilis?

A sífilis é uma infecção bacteriana que pode ser transmitida de pessoa para pessoa por meio de relações sexuais desprotegidas.

Ela também pode ser transmitida de uma mãe infectada para o bebê durante a gravidez ou parto, resultando na chamada sífilis congênita, que pode trazer sérios riscos à saúde da criança.

Essa doença tem um desenvolvimento complexo e é dividida em fases: primária, secundária, latente e terciária. Cada fase apresenta sintomas diferentes e um grau variável de gravidade.

Causas da Sífilis

A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum, que infecta principalmente as mucosas genitais, mas também pode afetar outras partes do corpo ao longo do tempo.

A transmissão geralmente ocorre através do contato direto com feridas ou lesões ativas em uma pessoa infectada durante o sexo vaginal, oral ou anal. Em casos menos comuns, a sífilis pode ser transmitida por compartilhamento de agulhas ou de forma vertical (da mãe para o bebê).

Sintomas da Sífilis

Os sintomas da sífilis variam de acordo com o estágio da doença:

Sífilis Primária

No estágio inicial, que ocorre entre 10 e 90 dias após a exposição à bactéria, uma ferida indolor conhecida como cancro surge no local da infecção, como nos órgãos genitais, reto ou boca.

Essa ferida desaparece sozinha em algumas semanas, mas isso não significa que a infecção tenha sido curada.

Sífilis Secundária

Sem tratamento, a infecção progride para o estágio secundário, que pode ocorrer semanas após a cura do cancro.

Neste estágio, surgem erupções cutâneas nas palmas das mãos, nas solas dos pés ou em outras partes do corpo. Outros sintomas incluem febre, dores musculares, cansaço, dor de garganta e gânglios inchados.

Essa fase pode se resolver temporariamente, mas a bactéria ainda permanece no organismo.

Sífilis Latente

A fase latente é silenciosa, sem sintomas visíveis. A bactéria permanece dormente no organismo, podendo durar anos.

Algumas pessoas nunca desenvolvem sintomas adicionais, mas a infecção ainda pode ser transmitida, especialmente da mãe para o feto durante a gravidez.

Sífilis Terciária

A fase terciária, a mais grave, ocorre em pessoas que não receberam tratamento nas fases anteriores. Ela pode se manifestar anos depois da infecção inicial e causar danos severos a órgãos vitais, como cérebro, coração, vasos sanguíneos, fígado, ossos e articulações.

Complicações graves incluem neurossífilis (afetando o sistema nervoso) e sífilis cardiovascular, que pode ser fatal.

Diagnóstico da Sífilis

O diagnóstico da sífilis é feito por meio de exames de sangue, como o VDRL e o FTA-ABS. Estes exames detectam a presença de anticorpos contra a bactéria Treponema pallidum.

Além disso, lesões visíveis podem ser analisadas por um médico para confirmar a presença da bactéria. A triagem para sífilis é recomendada para gestantes e populações de risco, como parte de um cuidado preventivo.

Tratamento da Sífilis

A sífilis é tratada com antibióticos, principalmente a penicilina, que é altamente eficaz em todas as fases da doença. Para quem é alérgico à penicilina, outros antibióticos podem ser utilizados, mas geralmente requerem um acompanhamento mais rigoroso.

É importante que o parceiro ou parceira sexual também seja tratado, para evitar a reinfecção.

Após o tratamento, é necessário realizar exames periódicos para garantir que a infecção foi completamente eliminada.

Além disso, pessoas diagnosticadas devem evitar relações sexuais até que o tratamento seja concluído e recomendado pelo médico, para reduzir o risco de transmissão.

Prevenção da Sífilis

Prevenir a sífilis envolve práticas de sexo seguro e conscientização. O uso de preservativos masculinos ou femininos durante as relações sexuais é a forma mais eficaz de prevenção. Além disso:

  • Realizar exames de rotina para DSTs, especialmente para pessoas com múltiplos parceiros.
  • Informar e incentivar o tratamento do parceiro em caso de diagnóstico positivo.
  • Para gestantes, o acompanhamento pré-natal com triagem de sífilis é essencial para evitar a transmissão para o bebê.

Considerações Finais

Embora a sífilis seja uma doença grave, ela é tratável e prevenível.

A conscientização sobre os sintomas e as medidas de prevenção é fundamental para combater a disseminação dessa infecção. A sífilis ainda é uma das DSTs mais comuns em muitas regiões do mundo, e manter-se informado é essencial para uma vida sexual saudável e segura.

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Davi A. Oliveira
Davi A. Oliveira

Sou Davi, Enfermeiro especialista em urgência e emergência, agora compartilhando minha vasta experiência em um blog dedicado a cuidados com a saúde e tratamentos de doenças. Ofereça dicas valiosas, orientações profissionais e conhecimento prático para promover o bem-estar e a prevenção.

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